Escolha um lado...
Será que um dia vai acabar de verdade? Todo planalto já foi cordilheira? A inspiração que ouço por aí realmente existe? Aquele blusão já pertenceu a alguém? Alguém conhece o sobrenome da culpa? James Wheeler tinha certeza quando banalizou o fim? Sentimentos simplesmente acabam? Qual a idade do céu? Quanto pesa o remorso? Dormir é descansar? Existe limite para qualquer coisa? Elvis está morto?
Em menos de sete minutos e trinta e dois segundos eu pensei em pelo menos duas dúzias de perguntas que poderia fazer caso trombasse com Deus por aí. Dá pra se viver uma vida num cigarro. Dá pra se driblar uma morte num copo de ácool.
Acho que perguntaria o que se leva para o lado de lá? É que já me falaram tanto que nada se leva. Mas se tudo fica aqui qual é a moral da história. Qual a mensagem quando a carne descer ou arder, e as letras subirem?
Quem está mais certo? O otimista ou o idiota? Me parece que a vantagem do idiota é que ele não precisa justificar suas idiotices. Quem eu quero ser: otimista ou idiota?
No fundo, isso é tão improvável quanto uma garota achar sexy músicas em contratempo. Que diabos. Por outro lado, quem disse que a vida não é uma tremenda improbabilidade idiota que o nosso otimismo idiota insiste em chamar de destino? Se você não entendeu é idiota. E quer saber? Sorte sua, idiota!
And look at you and me still here together
There is no one knows you better
And we’ve come such a long long way
Let’s put it off for one more day