quarta-feira, abril 25, 2007
quarta-feira, abril 11, 2007
Fim
Quanto preciosismo. Melancolia por colocar um ponto final em um código confuso e finalizar uma estrutura binária. É o que está acontecendo aqui. Esse diário há tempos passa longe de sua finalidade. O fato é que ele deveria ter sido encerrado há mais de um ano. No auge. "Você deve sair sempre quando as pessoas querem mais", foi assim que um amigo me ensinou. Desobedeci por muito, mas não para sempre. Portanto...
Mas simplificar tudo à uma combinação binária é injustiça e um simplismo que não me veste. Isso aqui abrigou alguns dos meus melhores e piores momentos. Dividiu madrugadas em São Paulo e Porto Alegre. Viu meus dedos consumirem dezenas de cigarros. Ouviu minha garganta dançando com goles gelados de álcool. E acima de tudo recebeu sinceros sentimentos. A maioria transcritos em letras escarlates. Just like honey...
Parece que foi outro dia que eu falei sobre quanto tempo me restava. E tudo passou tão depressa que apenas ontem eu me dei conta de como o mundo transformou-se. E como os limites foram prorrogados. Nada faz muito sentido se for analizado cuidadosamente. E que mal há nisso? Em um ano eu posso estar casado. Em cinco anos eu posso ser pai. Mas por hora fico com o concreto. Ainda sou o filho...
O fato é que, independente do que aconteça amanhã, hoje é hora de encerrar isso. E, pra variar, me acostumar a terminar o que foi começado. Não me despeço das memórias, apenas me privarei de revirá-las como se algo fosse mudar. Aqui não há espaço para reticências e o ponto final é definitivo, rigoroso e implacável. Aí vem ele.