Always remember: Elvis is dead, gravity kills and happiness sucks!

terça-feira, julho 26, 2005

That's enough love for me

Apertem os cintos e aumentem o volume. Níveis pornográficos estão liberados. O novo Devo vem aí. Essa porra quase passou anônima. Kaiser Chiefs gravou a música que o Devo faria se ainda tivesse tocando por aí. O resto do disco nem chamou tanto a atenção mas bastou a primeira faixa, Every Day I Love You Less And Less.

Fiz os três minutos e trinta e sete segundos transformarem-se rapidamente em mais de duas horas. O tipo de paulada que me deu vontade de transformar a segunda em sexta. De encher a cara de vinho novamente. De transpirar alucinado. De cometer qualquer loucura que me faria rir pro resto da vida. De viajar 1000 km só pra dizer "Hey, Lemon Pie".

E o refrão dessa música ainda por cima é lindo: "Oh and my parents love me/Oh and my girlfriend loves me/Oh they keep photos of me/Oh that's enough love for me".

segunda-feira, julho 25, 2005

Honesta é mais gostosa?

Para Rui Caldas Pimenta, advogado da ex-secretária de Marcos Valério, Fernanda Karina Somaggio, o cachê que ela pediu para posar nua para a Playboy não é alto. Fato: ela quer R$ 2 milhões pra mostrar a periquita pro J.R. Duran. Por favor, podem me corrigir se eu estiver errado, mas duas milhas é grana pra caralho, por mais rico que você seja.

O querido magistrado citado acima justifica sua declaração. Ele comparou sua cliente com a Miss Grazielli Masaferra. Ele calcula que a moça que participou da quinta edição do Big Brother Brasil vai faturar algo em torno de R$ 1,2 milhão entre cachê e participação nas vendas. O argumento dele é que sua cliente é uma "mulher honesta", o que chamaria a atenção do público da revista.

Assim, como qualquer macaco com um mínimo de massa cinzenta ainda ativa em algum recanto do crânio, eu chego faço duas perguntas: 01) Todas que passaram pela Playboy são vabagundas e picaretas? 02) Mulher honesta é mais gostosa?

*Nota mental: será que a melhor trepada da vida do advogado foi com uma garota honesta? Eu realmente não me lembro de ter ido pra cama com nenhuma vagabunda corrupta pra comparar.

quarta-feira, julho 20, 2005

Loneliness Rulez!

"Nunca me ensinaram a arte da solidão, tive de aprendê-la sozinho. Ela se tornou tão necessária para mim quanto Beatles, tanto quanto beijos na nuca e carinho". Intimidade, de Hanif Kureishi.

domingo, julho 17, 2005

Ouch!


Congratulations dad, it's a tattoo...

quarta-feira, julho 13, 2005

Elvis & Diana

Já sei, pelo título você tratou de pensar em alguma relação entre Mr. Presley e a (precocemente) finada princesa da Inglaterra. Errou! O Elvis e a Diana em questão não tem a ver com Inglaterra e EUA, mas quase. Tem a ver com música (e por isso, com amor). Esse Elvis não nasceu em Tupelo. Esse Elvis, nasceu em Liverpool (sim aquela dos quatro rapazes). Essa Diana nasceu no Canadá. Elvis Costello e Diana Krall são meu casal preferido do momento.

A carreira de Costello sempre foi roqueira. Nasceu no fim da década de 70 na Inglaterra. Punk certo? Certo. Nunca estudou música e mesmo assim gravou baladas, faixas mais agitadas enquanto o mundo se chacoalhava com as melodias toscas e alfinetadas dos Pistols, Clash, Buzzcocks. E fez isso com tanta personalidade que nunca ninguém criticou o fato de Costello andar com punks e não tocar punk rock. Sempre com aquele visual Buddy Holly.

Diana Krall é pianista e cantora. Dona de uma voz tão sedutora que, certa vez, após um show, ela quase roubou a vaga de "musa do meu fetiche vocal" - que sempre pertenceu a Kate Pierson. Mas o lance dela é jazz. Aprendeu a curtir música com os discos do Fats Waller e Nat king Cole e estudou na Berklee College of Music. Comercialmente, é um dos nomes mais importantes no jazz contemporâneo, e abriu caminho pra Aimme Mann - outra canadense - no restrito mercado do pop.

Elvis e Diana se conheceram em 2002 e começaram a namorar. Um ano depois, na casa dela em Ontario, ele sentou-se ao piano e tocou She (Tous Les Visages d'Amour) antes de pedi-la e casamento. Casaram-se no fim de 2003 na mansão de Elton John. Elvis é punk, Diana é jazz e se juntaram na casa do pop. Dá pra não gostar de um casal assim?

segunda-feira, julho 11, 2005

Música, vinho e amor

"Por que a gente gosta de cantores? Onde se esconde o poder das canções? Talvez se origine da mera estranheza de se existir canto no mundo. A nota, a escala, o acorde, melodias, harmonias, arranjos, sinfonias, ragas, óperas chinesas, jazz, blues: o fato de essas coisas existirem, de termos descoberto os intervalos mágicos e as distâncias que produzem o pobre punhado de notas, todas ao alcance da mão humana, com as quais construímos nossas catedrais sonoras, é um mistério tão alquímico quanto a matemática, ou o vinho, ou o amor. Talvez os pássaros tenham nos ensinado.

Talvez não. Talvez sejamos, simplesmente, criaturas em busca de exaltação. Coisa que não temos muito. Nossas vidas não são o que merecemos. De muitas dolorosas maneiras elas são, temos de admitir, deficientes. A música as transforma em outra coisa. A música nos mostra um mundo que merece os nossos anseios, ela nos mostra como deveriam ser os nossos eus, se fôssemos dignos do mundo."

Rushdie está certo. A música pode salvar a nossa vida. Assim como o vinho. Ou o amor!

Get a grip on yourself

Tati: Cê dormiu bastante essa noite?
Eu: Por que?
Tati: Acho que é a primeira vez que você vem aqui e não fala que está com sono.
Eu: Dormi sim. Não muito, mas dormi bem.
Tati: Acordou que horas?
Eu: Umas 9h30 mais ou menos.
Tati: É cedo para seus padrões.
Eu: É. O telefone tocou.
Tati: Opa, quem era?
Eu: Engano.
Tati: Hahahaha.
Eu: Foda né? E o tiozinho ainda me deu uma puta notícia ruim.
Tati: Qual?
Eu: A Rita de Cássia, tia do Osmarzinho morreu de madrugada.
Tati: Que Rita, que Osmarzinho?
Eu: O tiozinho que ligou errado pediu pra falar com o Osmarzinho.
Tati: E você avisou que era engano?
Eu: Claro que avisei. Mas ele tava meio descompensado e foi falando.
Tati: Como assim foi falando?
Eu: Eu disse que era engano e ele disse que precisava avisar o Osmarzinho que a tia dele morreu.
Tati: Do Osmarzinho?
Eu: Isso.
Tati: E o velhinho era parente do Osmarzinho?
Eu: Não sei.
Tati: E depois?
Eu: Eu disse que sentia muito mas não podia ajudar.
Tati: E o velhinho?
Eu: Ficou lá, balbuciando alguma coisa que eu não entendi.
Tati: E aí?
Eu: E aí nada. Eu disse que sentia muito de novo e desliguei.
Tati: Na cara do velho?
Eu: É.Tati: Por que?
Eu: Porque não havia mais nada a ser dito e eu não trabalhei no CVV pra saber com agir nessas horas.
Tati: Que crueldade!
Eu: Você já parou pra pensar que a tal da Tia Rita pode ter morrido há 20 anos e o velhinho tá gagá?
Tati: Não. Mas me parece bem improvável.
Eu: Sim, como um estranho consolar um velhinho pela morte de alguém.
Tati: Bom, você poderia ter dito que é isso que as pessoas fazem?
Eu: Isso o que?
Tati: Morrem. É isso que as pessoas fazem: vivem e morrem!
Eu: Just like that?
Tati: Just like that!
Eu: Cara, tua vida deve estar bem chata!
Tati: Tá sim. A sua não né?
Eu: Not at all.
Tati: Alguma frase ou música filosófica pra essa semana?
Eu: Get a grip on yourself?
Tati: Hahahaha. Excelente! Você conseguiu?
Eu: Claro. Quer dizer, não totalmente...
Tati: Mas foi de cara limpa?
Eu: Sure.
Tati: Há quanto tempo mesmo?
Eu: Quatro anos.
Tati: Nadinha?
Eu: Só as legalizadas.
Tati: Grande garoto!
Eu: Pobre Tia Rita...

Thank you

- Did you touch yourself while he fucked you?
- Yes
- You wank for him?
- Sometimes.
- And he does?
- We do everything that people who have sex do.
- You enjoy sucking him off? You like his cock?
- I love it.
- Like him coming in your face?
- Yes!
- What does it taste like?
- Like you, but sweeter.
- That's the spirit. Thank you. Thank you for your honesty. Now fuck off and die. You fucked-up slag.

domingo, julho 10, 2005

"Minha irmã, filha da puta"

Eu não sei como é o seu rosto. E nem sei como era o dela. Mas isso realmente não tem a menor importância agora. Não agora. E, sinceramente, talvez nunca importe de verdade. Mas o que ele disse me chocou mais do que a imagem. É como uma cena de cinema em que as falas são bem mais importantes que gestos ou olhares. A entonação traz tudo isso: desespero, susto e um tristeza antecipada que ele nunca mais vai esquecer. Nem eu.

Não quero dizer que entendo como ele se sentiu. Mas entendo o que ele sentiu. Entendo porque entro em desespero de pensar em sentir algo parecido. Tenho mais medo de perder meus irmãos do que meus pais. Tenho medo de ter um reação parecida com a dele. E tenho medo de ter uma reação diferente da que ele teve.

Quem é maior? O desespero ou a revolta? A agonia ou a justiça? A cena repete-se de uma forma desordenada desde então. Mas não quero ver isso de novo. Não preciso assistir novamente pra tentar esclarecer alguma dúvida. Não quero saber se a corda arrebentou por negligência. Ela simplesmente arrebentou. E isso já é a tragédia em si. Mas queria saber se ela tinha sido feliz até então. Se ela tinha vivido de verdade. Did she had the time of her life?

Mas o sentimento é de quem fica, e nesse caso ele é totalmente preenchido por angústia, tristeza e saudade. "Minha irmã, filha da puta." Eu nunca vou esquecer que foi assim que ele se expressou naquele momento. Nem ele.

PS: Se você acha realmente necessário assistir ao vídeo pra entender o texto, aqui está ele. Mas eu veementemente desaconselho. As cenas não chocam. As reações sim.

terça-feira, julho 05, 2005

True romance

Amid the chaos of that day, when all I could hear was the thunder of gunshots, and all I could smell was the violence in the air... I look back and am amazed that my thoughts were so clear and true.

That three words went through my mind endlessly. Repeating themselves like a broken record. You're so cool. You're so cool. You're so cool.

And sometimes she asks me what would I have done if she had died. If that bullet had been two inches more to the left. To this, I always smile. As if I'm not going to satisfy her with a response.

But I always do. I tell her of how I would want to die. But that the anguish and the want of death would fade, like the stars at dawn. And that things would be much like they are now. Perhaps...

Except maybe I wouldn't have named our son...Elvis.

Can you feel me?


Happiness sucks!