Always remember: Elvis is dead, gravity kills and happiness sucks!

sábado, dezembro 17, 2005

Punk rock demerol

São Paulo é foda. Tem metrô que fecha cedo na sexta à noite. Tem trânsito na Av. Paulista à 1 da manhã. Buzinaço, impaciência, barulho e xingamentos. E tem punk rock. Tem gente de cabelo ensebado e um ar blasé que diz que é música indie. Não é não! É punk rock, e aquele cara mandou todo mundo ali tomar no cu. E eles acharam o máximo. Recusou-se a tocar Placebo e mandou Nirvana pra fechar.

"Eu Nunca Vou Parar de Beber" é dos Pedrero do Espírito Santo, mas quem eu vi foi o tal Zefirina Bomba da Paraíba. Viola distorcida, bateria incompleta e contra-baixo. Três, quatro acordes e nada além de gritos quase incompreensíveis. Renovei meus votos!

Faz tempo, mas voltando pra casa eu entendi. Entendi que foi mais do que a maturidade gostaria e bem menos do que a saúde determina, mas eu logo saquei que nenhuma substância química libera tanta dopamina e endorfina quanto música: punk rock e hard core. Por eles sangra-se e faz-se sangrar.

Morfina, diamorfina, ciclozina, codeína, temazepam, nitrazepam, fenobarbitona, sódio amital, dextropropoxifeno, metadona, nalbufina, petidina, pentazocina, buprenorfina, dextromoramida e clormetiazola. As ruas estão cheias de drogas pra infelicidade ou dor. A mim me basta o punk rock demerol.